#Oscar2017 - Filmes baseados em fatos reais

11:00


Olá pessoas! Quem acompanha o Oscar todos os anos sabe que ele tem uma quedinha por filmes baseados em fatos reais. Das seis últimas produções premiadas como Melhor Filme, QUATRO foram inspiradas em histórias que realmente aconteceram, isso sem contar com os que foram indicados mas não levaram. Esse ano, três das indicações contam histórias de pessoas incríveis e esses filmes valem o seu ingresso do cinema. 



Começando com a minha maior expectativa, Estrelas Além do Tempo. O filme conta a história Katherine (Taraji P. Henson), Dorothy (Octavia Spencer) e Mary (Janelle Monáe), três mulheres negras e inteligentíssimas que tiveram grande participação nas viagens espaciais realizadas no auge da corrida entre EUA e Rússia. Das três, a que mais se destaca é a Katherine, que foi designada como computador (na época eles não tinham as máquinas propriamente ditas, e sim pessoas que calculavam as contas grandes) para a equipe que gerenciava toda a missão. Ela era muito boa em geometria analítica e logo se destacou, causando um pouco de inveja e espanto, por causa da cor de sua pele. Graças aos seus cálculos, as viagens espaciais foram possíveis. Dorothy sonhava com o cargo de supervisora dos "computadores" mas era recusada por ser negra, apesar disso foi essencial para operar o computador real que era novidade na época e ninguém sabia como usar. Por fim, Mary foi a primeira negra a estudar numa escola para brancos, lutando pelo seu sonho de se tornar engenheira. As mulheres passam por várias demonstrações de racismo durante o filme, na época a segregação estava começando a ser discutida nos Estados Unidos, mas se mostram mais fortes do que tudo e prontas pra lutar pelo que acreditam.



O filme é uma verdadeira inspiração, ver as adversidades que essas três mulheres enfrentaram nos faz questionar todos os aspectos da nossa vida. O elenco é talentosíssimo e a Taraji está brilhante no papel principal. Temos também Jim Parsons, o Sheldon de The Big Bang Theory, mostrando um lado mais sério da sua atuação. Destaque, é claro, pra uma das minhas atrizes favoritas, Octavia Spencer, que concorre ao prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante. Além disso, o filme conta com mais duas indicações, inclusive como Melhor Filme. É uma produção leve e divertida, que, apesar de tratar de um assunto sério e atual, não pesa muito e envolve o público. A temática é atual e cada vez mais presente nas discussões do dia a dia, e pode atrair mais olhares sendo exibida assim, de um jeito tão sutil. É um filme ótimo e, apesar de provavelmente perder os prêmios, merece destaque. 



Agora, vamos para a surpresa. Não sou fã de filmes de ação, os de guerra menos ainda, mas Até o Último Homem me pegou desprevenida por ser muito mais que isso. O filme é estrelado pelo Andrew Garfiel (o próprio homem-aranha) e conta a história do Desmond Doss, um homem muito religioso que se alistou para lutar pelo país na Segunda Guerra Mundial mas se recusava a pegar em armas por ferir seus princípios. Ele foi a única objeção de consciência (termo usado pra definir a situação dele) que ganhou medalha de honra, a mais alta condecoração possível. Além de não tocar em armas, Desmond era adventista, o que impedia que ele trabalhasse aos sábados. Apesar disso tudo, ele resgatou 75 soldados feridos sozinho, arriscando sua vida pela dos companheiros. Além do filme, a história do soldado também é contada no documentário O Objetor de Consciência (2004).



O filme é dirigido por (pasmem) Mel Gibson e me surpreendeu pela forma como a história é contada. O personagem principal é claramente muito religioso e o Mel também é, o que deu o tom da produção. Apesar disso, não tem nada a ver com aqueles filmes bregas de Sessão da Tarde, a religião é tratada com sutileza e não vira protagonista da situação. O filme teve seis indicações em categorias importantes do Oscar: Melhor Filme, Melhor Ator (Andrew Garfield), Melhor Diretor (Mel Gibson), Montagem, Mixagem e Edição de Som. Achei as indicações técnicas super merecidas, as cenas no combate me chocaram demais! Ver aquele monte de cadáver estourado me fez acreditar na história, cada vez que uma cabeça explodia ou uma perna era arrancada eu ficava impressionada com o realismo da coisa. A história do Desmond me emocionou e foi lindamente contada, entrou pra minha listinha de favoritos com certeza. 



Finalizando, um filme com grandes expectativas e um pouco de decepção. Lion conta a história do indiano Saroo (Dev Patel), que com cinco anos se perdeu do irmão mais velho em uma estação de trem e acabou indo parar em outro país por engano. Depois de lutar pra sobreviver nas ruas, ele acaba encontrando um adolescente que leva ele pra um orfanato, já que ele não tem nenhuma pista que o leve de volta para sua família. O tempo passa e ele acaba sendo adotado por uma família australiana e se acostumando com os costumes ocidentais, se distanciando cada vez mais da sua origem indiana. Aos 25 anos, depois de começar um curso com pessoas de todo o mundo, as lembranças vão voltando pra ele e a vontade de achar sua real família se torna muito grande para ser ignorada. A partir daí, com a ajuda do Google Earth, ele começa uma busca pelas suas origens. 



O filme é emocionante, a história é linda, mas ás vezes fica lento demais pra mim. Talvez sejam cenas muito dramáticas, sem um equilíbrio legal. Uma coisa que eu achei interessante foi que metade do filme acontece enquanto ele ainda é criança, lá na Índia, então todos os diálogos são no idioma de lá. Achei a história devagar, especialmente a parte em que ele busca a família. Menos daquilo teria passado o recado do mesmo jeito, pelo menos na minha opinião. O filme é uma adaptação da autobiografia do Saroo, publicada em 2014. A produção garantiu seis indicações ao Oscar, inclusive Melhor Ator Coadjuvante (Dev Patel) e Melhor Atriz Coadjuvante (Nicole Kidman), indicação que eu achei muito merecida, ela interpreta a mão adotiva do menino. O longa também concorre como Melhor Filme, categoria mais importante da noite. 

Apesar de excelentes histórias, não se espera que nenhuma dessas produções leve o título de Melhor Filme do Ano, que está entre La La Land e Moonlight segundo os críticos. Apesar disso, eles cumprem o papel de entreter e garantem horas de emoção, com histórias para todos os gostos. 

E vocês, já assistiram algum desses filmes? Tem um preferido? Me contem aqui embaixo, essa semana vai ter especial #Oscar2017 TODOS OS DIAS, é filme que não acaba mais. Mil beijos!

You Might Also Like

1 comentários

  1. Que legal! Vou anotar alguns <3
    http://toobege.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir

Deixe sua opinião, os comentários serão respondidos quando possível!

“Quando Deus muda nossos planos é porque algo vai melhorar. Confie.” Salmo 37.5

Subscribe